José da Silva Dias (03.02.1857-30.01.1941), natural de Rio Maior, fundou a «Tipografia e Papelaria Dias e Paramos» em 1906, editando, nesse ano, uma colecção de postais. Em 1911, a sociedade dissolve-se e todo o activo passa para a nova empresa, «Tipografia Caldense de José da Silva Dias».
Os bilhetes postais ilustrados do Bombarral foram editados por esta empresa em 1912. A série tem numeração própria (na opinião de Vasco Trancoso deverão ser 20 BPI), com legenda, por vezes a vermelho.
Os clichés são de do espanhol Júlio Paramos (1876-1941), radicado nas Caldas da Rainha.A série é composta pelos seguintes BPI, com legenda própria:
1 - Paços do Concelho
2 - Palácio Gorjão
3 - Rua da cerca do Palácio Gorjão
4 - Palácio do sr. Camilo
5 - Vista parcial (actual largo da Igreja)
6 - Chalet do Dr. Alberto Martins dos Santos
7 - Vila Palmira
8 - Vila Palmira
9 - Rua Afonso Costa
10 - Praça da República
11 - Vista parcial
12 - Ponte Nova
13 - Ponte sobre o rio Real
14 - Estação do Caminho de Ferro
15 - Jardim da Quinta dos Loridos
16 - Entrada da Quinta dos Loridos
17 - Fonte da Gruta (Loridos)
18 - Fonte da Gruta (Loridos)
19 - Quinta da Granja
20 - ?
Em 1906, a Tipografia Dias e Paramos (antecessora da Tipografia Caldense) editou um BPI sobre o monumento à memória do tenente-coronel Lake na Serra do Picoto na aldeia da Columbeira, inserido na primeira colecção de BPI daquela empresa:
Com data da primeira década do século XX e com fotos de 1910 do Comendador Jorge de Almeida Lima, circularam três BPI's editados por José da Silva Dias e impressos na Tipografia Caldense de vistas de casas senhoriais das aldeias de São Mamede e Roliça. São muito raros. estes postais estão integrados numa coleção de vistas de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche e Bombarral.
Jorge Abraham de Almeida Lima nasceu a 22 de Abril de 1853 na Quinta do Lameiro, na paróquia de São Domingos de Benfica, em Lisboa. Era filho de José Joaquim de Almeida Lima e de Georgiana Oom Weelhouse. Apesar de se desconhecer quando e por influência de quem se iniciou na fotografia, Jorge de Almeida Lima tornou-se sócio da Academia Portuguesa de Amadores Fotográficos em 1887. Foi na qualidade de amador que se dedicou à fotografia, uma vez que a sua principal actividade era a gestão das propriedades e sua exploração agrícola e dos bens de família que detinha. A 10 de Abril de 1877 casou-se com Maria do Carmo Campos de Andrada, de quem teve uma filha Maria Georgina (1878). Em 1890 recebe o título de Comendador da Ordem Militar de Cristo, em 1892, o de Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição. Participou em múltiplas exposições, entre as quais, a Exposição Fotográfica do Ateneu Comercial do Porto (1893), na I Exposição Nacional de Fotografias de Amadores, inaugurada, a 31 de Dezembro de 1899, no Salão Portugal da Sociedade de Geografia, na I Exposição de Fotografia Directa das Cores em Portugal, promovida pela Sociedade Portuguesa de Fotografia (Junho de 1913), na Exposição Nacional de Fotografia (1916). Colaborou, através de algumas reportagens, nas publicações periódicas Ilustração Portuguesa e Brasil-Portugal. Fez parte da primeira direcção da Sociedade Portuguesa de Fotografia fundada em 1907. Faleceu a 6 de Dezembro de 1934 aos 81 anos.
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